quarta-feira, 28 de setembro de 2011

POVOAMENTO DE LAGES

Pobreza no êxodo rural
Segundo a obra GENEALOGIA TROPEIRA Volume II, há diversos aspetos relevantes  apontados, onde os pesquisadores, servindo-se cada um deles de baliosos dados histórios e genealógicos, tracaram um perfil dos primeiros habitantes da Serra Catarinense e suas relações matrimoniais  entre pessoas do mesmo sócial, político e econômico formando uma casta própria de origem européia, uma especie de feudo capitanado pelo antigos fazendeiros da Coxilha para evitar  a mesnigenação com classes sociais eonomicamente menos favorecidas, uma estratégia que não vingou por muito tempo a medida que começou o êxodo rural dos jovens para a cidade e os naturais apelos de relacionamento diferentes aos que estavam acostumandos nos campos e nas invernadas na rude atividade pastorial. Quem vinha embora para estudar na cidadenão retornava às origens ou voltava casado/casada, à revelia da vontade familiar e tinha dificuldades de estabelecer-se e recuperar suas raízes campeiras,e concluindo que seu habitat de adolescência e de   infância não lhes serviam mais, forçando o seu retorno à cidade.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ASCENDÊNCIA FAMILIAR DO BLOGUEIRO

 
 ALZEMIRO LAURENTINO DA SILVA - PAI
(N 14.06.1918/F 16/07/1983)
NATURAL DE CAMBARÁ - DISTRITO ÍNDIOS - LAGES SC
FILHO DE PEDRO MANOEL LAURENTINO E GENEROSA JOAQUINA DA SILVA
NETO DE MANOEL SALVADOR, TERESA ANDRADE, FRANCISCO POLCENI E E MARIA JOAQUINA DA SILVA
DO CASAMENTO DE ALZEMIRO COM INÊS COSTA DA SILVA EM  24.06.1957,
ELE TEVE 9 FILHOS. COM JACIRA VIEIRA DE ARRUDA, 1 FILHO.


GETÚLIO (GEGÊ) - IRMÃO
FILHO DE ALZEMIRO LAURENTINO DA SILVA E INÊS COSTA DA SILVA

MARGARETE - IRMÃ
FILHA DE ALZEMIRO LAURENTINO DA SILVA E INÊS COSTA DA SILVA


JACIRA VIEIRA ARRUDA (Solteira)- MÃE 
JACIRA ARRUDA DE SOUSA (Casada)
(N 06.07.1927 - F 16.05.1989)
FILHA DE JOÃO PIRES RIBEIRO E BERNARDINA BORGES DE ARRUDA
NETA DE BERNARDO DOMINGUES DE ARRUDA, ERNESTINA RIBEIRO BORDES DE ARRUDA, JOAQUIM HELEODORO PIRES FERRAZ E MARIA CÂNDIDA RIBEIRO 
BISNETA DE JOÃO DOMINGUES DE ARRUDA E HENRIQUETA MARIA VIEIRA, EMÍLIO VICENTE RIBEIRO E MARIA CLARA BORGES
TRINETA DE JOSÉ DOMINGUES DE ARRUDA, MARIA JOAQUINA DE SOUZA, LEANDRO LUIZ VIEIRA, CLARA MARIA DOS SANTOS E CÃNDIDO VICENTE RIBEIRO
TETRANETA DE ANTÔNIO RIBEIRO DA PAIXÃO E MARIA MAGDALENA PEREIRA
DO CASAMENTO  DE JACIRA COM ALZEMIRO, ACIMA, TEVE 1 FILHO. DO CASAMENTO COM MAXIMILIANO BERNARDES DE SOUZA, EM 13.03.1970, TEVE 1 FILHA. 

BERNARDINA BORGES DE ARRUDA (Solteira)- AVÓ MATERNA
BERNARDINA BORGES DE ARRUDA WOLFF (Casada)
(N 06.08.1899 - F 19.08.1960)
 
ERNESTINA RIBEIRO BORGES DE ARRUDA-BISAVÓ MATERNA

ESTELA MARISE DE SOUSA-IRMÃ
NASCIDA EM 12.04.1963
FILHA DE MAXIMILIANO BERNARDES DE SOUSA E JACIRA ARRUDA DE SOUSA


   


terça-feira, 13 de setembro de 2011

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DA COXILHA RICA


SEDE DA FAZENDA GUARDA-MOR


SEDE DA FAZENDA SANTA TEREZA
 

SEDE DA FAZENDA CAPÃO ALTO
SEDE DA FAZENDA CAJURÚ



SEDE DA FAZENDA SÃO JOÃO, ABERTA AO TURISMO RURAL





Segundo pesquisa do Dr. Nazareno, Procurador da República em Lages, a mais antiga é a Fazenda Guarda-Mor, seguida das Fazendas das Bananeiras, do Aleixo, do Limoeiro, do Faxinal, Carazinho, Pelotas e Pinheirinho. 

Com o passar dos anos as Famílias Pioneiras foram aumentando e, hoje em dia, com sede em estado de conservação e idade muito variável entre elas, ainda tem cerca de 90 construções antigas no território da Coxilha Rica.

Na XXIII edição da Festa Nacional do Pinhão, neste ano de 2011, houve uma bela exposição de fotos no Pavilhão Cultural, com destaque para o clic dos fotógrafos Ricardo Bampi, que já editou um livro ilustrado sobre a Coxilha e Márcio Ávila, todas elas igualmente belas e bem retratadas. 

Na Galeria deste blog (acima), podem ser vistas fotos de algumas delas.   

FONTE: REVISTA ABRA E ACHE - ANO 2 N. 5 - Texto: Dr. Nazareno Jorgealém Wolff

IMAGENS DA FÉ CATÓLICA NA COXILHA RICA

 
IGREJA DA LOCALIDADE DE MORRINHOS

LOCALIDADE DE MORRINHOS COM A IGREJA AO FUNDO
CEMITÉRIO DA FAMÍLIA RAMOS NA FAZENDA GUARDA-MOR
CRUZ ANTIGA NO CEMITÉRIO DE MORRINHOS
PARECE IGREJA ANTIGA MAS É SALA COMERCIAL EM SOROCABA SP

COMENTÁRIO DO BLOG:

José Maria Domingues de Arruda, o Coronel dos Coronéis, filho caçula do patriarca José Domingues de Arruda, delimitou e adquiriu grandes áreas de terras da pioneira Fazenda Guarda-Mor, registrada no Cartório de Curitibanos, conforme relato em outra postagem neste blog. 

Entretanto, as grandes querências da Família Arruda foram as Localidades de Morrinhos e Cajurú. Alguns descedentes da Família ainda residem nessas localidades, mas a grande maioria passou a residir e Lages, São Joaquim, Painel e Urupema, principalmente.  




ORIGEM DOS GAÚCHOS

GAÚCHO PITANDO NA COXILHA RICA


ÍNDIA ANINHA ATHANÁZIA, A CAUDILHA DE LAGES

ANITA GARIBALDI "CAÇANDO VEADO"

Gaúchos e gaúchas não gostam de ouvir piadas de gaúchos.


Por falar em gaúchos encerrou-se neste domingo o III Rodeio de Integração Crioula, aqui em Lages. As comemorações Farroupilhas vão até dia 22 de setembro corrente. Depois de Piratini, no RGS, Lages foi a primeira República em SC pelo período de 9 meses (um parto abortivo) e depois Laguna, que não durou 6 meses. Depois dos lageanos serem elogiados como bois de botas por Davi Canabarro, Giuseppe e Anita Garibaldi deixaram aqui mesmo os feridos e os últimos guerreiros farrapos, derrotados no Capão da Mortandade em Curitibanos para as forças imperiais, já que não tinham mais forças físicas para voltar ao RS, nem mais disposição de luta. Por isso, de bois-de-botas, pela força demonstrada na Tomada de Laguna, com o fim da Revolução Farroupilha aqui na Serra Catarinense, passamos a gaúchos cansados e Lages é a mais gaúcha de todas as cidades catarinenses. E o lageano típico continua cansado, muito cansado de luta, sem ver esta terra prosperar, mesmo sendo o berço de seis Governadores de Estado, inclusive o atual.

Colaboração do Genealogista Paulo Maia, retirado da wikipédia:


"Um estudo genético realizado pela FAPESP revelou que os gaúchos, assim como a maioria dos brasileiros, são descendentes de uma mistura de europeus, índios e africanos, mas com algumas peculiaridades. O estudo apontou que os ancestrais europeus dos gaúchos seriam principalmente espanhóis e não portugueses. Isto porque a região foi por muito tempo disputada entre Portugal e Espanha e só foi transferida da Espanha para Portugal em 1750.
O estudo também revelou um alto grau de ancestralidade indígena nos gaúchos pelo lado materno (52% de linhagens ameríndias), maior do que o dos brasileiros em geral. O estudo também detectou 11% de linhagens africanas pelo lado materno. Desta forma, os gaúchos são fruto sobretudo da miscigenação entre homens ibéricos com mulheres indígenas e, em menor medida, com africanas." 
Esses indíos eram guaranis. Os tupis e os guaranis nunca se deram bem. Desde que se separaram em priscas eras.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

IMAGENS DO HISTÓRICO PASSO DE SANTA VITÓRIA

O PASSO - RIO E LAJE DE PEDRA DO LADO CATARINENSE

RIO PELOTAS AO DESCER O PASSO
INÍCIO DO CORREDOR DAS TROPAS EM SC - REGISTRO DE ANIMAIS E POSTO DE IMPOSTOS DA COROA

DESCIDA DO PASSO ENTRE AS PEDRAS

MORADORES TÍPICOS DA COXILHA RICA

 
GAÚCHO FUMANDO PALHEIRO
CAVALGADA E GADO BOVINO PASTANDO

FAZENDEIROS DA FAMÍLIA RAMOS NA ANTIGA FAZENDA GUARDA-MOR


LIDA COM CAVALOS NA MANGUEIRA


HORA DE LAZER - TOCANDO VIOLA E TAMBOR NO FOGO DE CHÃO



"RONALDINHO GAÚCHO", BAGUAL DA COXILHA RICA

   
"RONALDINHO" SENTINDO CHEIRO DE ÉGUA EM CIO

Imagens de outros animais na Coxilha:


Gado de cria

CAVALOS PASTANDO, TAIPAS E AÇUDES


CARUCACA NO TELHADO 


CRIAÇÃO DE OVINOS 

RARA MANADA DE CAPIVARAS

SERIEMA ENTRE OS PINHEIROS GUACHOS







domingo, 11 de setembro de 2011

FOTOS DO CORREDOR DAS TROPAS E DA COXILHA RICA


Veja belas imagens do Corredor das Tropas e da Coxilha clicando no ítem GALERIA acima.

O crédito dessas belas fotos são de Ricardo Bampi, do Dr. Nazareno, do Márcio Ávila, da Eliane Rech e outras pessoas que se aventuraram pelas esburacadas estradas de chão batido da Coxilha, estradas estas que, se por um lado são o maior obstáculo para sua ocupação e desenvolvimento, por outro lado a tornam um santuário de preservação natural para agradar aos olhos de gerações futuras.

A maioria da população lageana nunca teve acesso a essas belezas, tanto pela falta de um meio de transporte adequado com tração nas quatro rodas, como pelo custo elevado de uma diária nas raras Fazendas que abriram suas portas para o Turismo Rural. Este, sem dúvida, será a porta de entrada para trazer divisas para o Município e reforço de renda para os poucos habitantes da Coxilha.

Taí um bom desafio para o atual Governador de Santa Catarina, proprietário de fazendas naquele Sub-Distrito abandonado pelo Poder Público. E para o futuro Prefeito de Lages, pois o atual, Dom Renatinho, já está em ritmo de fim de festa depois de uma longa permanência no Paço Municipal, ora como Vice-Prefeito, ora como Prefeito. Ressalvada, é claro, a possibilidade de resolver mostrar serviço em  2012, seu último ano de mandado, e a vontade politiqueira de fazer um sucessor.

Sem estradas bem conservadas o próprio povo de Lages nunca vai conhecer nosso maior Tesouro de Superfície, seja pelos lindos e ondulados campos, seja pelos capões de mato que sobreviveram ao ciclo da madeira, seja pelas águas limpas e claras dos Rios Lavatudo e Pelotinhas, seja pelas centenárias sedes de Fazendas que se perdem num horizonte sem fim, ou até onde a vista do visitante alcança. Vai lá e confira!
       

POVOAMENTO DE LAGES.

RUINAS DA PRIMEIRA FUNDAÇÃO DE LAGES NO CAJURÚ




RUINAS DA PRIMEIRA VILA MILITAR NO PASSO SANTA VITÓRIA


DISTRITO DE CIMA DA SERRA, VACARIA E LAGES, EM 1766

Famílias que constam da "Relação do Número de Pessoas que há no Distrito
de Cima da Serra, Vacaria e Lages, em 1766", conforme documento juntado por
Conselheiro Mafra ao Processo Judicial da questão de limites com o Estado do
Paraná (Transcrito de: Histórico da Cidade de São Joaquim, Maria Batista Marcolini)

Em Lages somavam-se 82 pessoas, que moravam em 16 fazendas dos seguintes fazendeiros:


>Feliz José Pereira (com 20 pessoas)
>Joaquim José Pereira (com 4 pessoas)
>José Raposo Pires (com 5 pessoas)
>Antônio Correia Pinto (com 10 pessoas)
>João Antunes Pinto (com 2 pessoas)
>Antônio Gonçalves Padilha (com 5 pessoas)
>Francisco José (com 3 pessoas)
>Simão Barbosa (com 2 pessoas)
>Manoel Barbosa (com 3 pessoas)
>Bento Soares da Motta (com 3 pessoas)
>Bento do Amaral Gurgel (com 3 pessoas)
>Antônio Marques de Arzão (com 2 pessoas)
>Manoel da Silva Ribeiro (com 7 pessoas)
>José Bezerra do Amaral Gurgel (com e pessoas)
>Bento Soares da Motta (com 5 pessoas)

Fonte: Genealogia Tropeira - Volume II - Organizada por Cláudio Nunes Pereira - 2008

Comentário do blogueiro:
Como se vê acima, entre os pioneiros havia Manoel da Silva Ribeiro (com 7 pessoas). José Domingues de Arruda - patriarca da Família Arruda na Serra Catarinense -migrou do RGS para a Coxilha Rica, em 1834, acompanhado por dois amigos, um da Família Ribeiro e outro da Família Camargo.  Disso se depreende que a Família Ribeiro, pioneira em Lages, é uma das mais numerosas na Região Serrana. 
Em minha Árvore Genealógica encontro na ascendência o avô materno João Pires Ribeiro, natural de Curitibanos, a bisavó paterna Maria Cândida Ribeiro, a bisavó materna Ernestina Ribeiro Borges de Arruda, o trisavô materno Emílio Vicente Ribeiro,  o tetravô Cândido Vicente Ribeiro e o pentavô Antônio Ribeiro da Paixão, todos naturais de Lages - exceto o avô João Pires Ribeiro e sua mãe Maria Cândida Ribeiro – e todos eram moradores da Coxilha Rica. Naquele tempo de povoamento da Serra, sob o comando de Antônio Correia Pinto de Macedo e conforme a relação acima, o território de Curitibanos pertencia a Lages. Curitibanos só veio a se emancipar em 11.06.1869.  

Da mesma forma, encontro na lista dos pioneiros o fazendeiro José Raposo Pires (com 5 pessoas). Em breve tentarei estabelecer se há uma provável ascendência dele em relação a meu avô João Pires Ribeiro. É possível que a Fazenda de José Raposo fosse na região do Trevo das BRs 116/470, no histórico Caraguatá da Guerra do Contestado, na atual Serra dos Pires em Curitibanos,  mais as localidades de Águas Pretas e Barra Verde em Ponte Alta, ou seja, uma área de terras muito extensa.   

Considerando haver José Raposo Pires e Manoel da Silva Ribeiro na lista de pioneiros, presumo que, ao definir minha ascendência na Serra Catarinense, vou descobrir mais casamentos com a Família Arruda, objeto deste blog.  Afinal, descobrir a parentela é, em termos matemáticos, fazer uma conta de progressão geométrica.
   

sábado, 10 de setembro de 2011

CAMINHO REAL DO VIAMÃO - O CORREDOR DAS TROPAS

TRECHO DO CORREDOR VIROU ESTRADA NA COXILHA RICA




PEÕES EM ATIVIDADE NA COXILHA RICA

TRECHO DO CAMINHO DAS TROPAS NA COXILHA RICA

TROPEIROS

GADO PASTANDO NO CORREDOR





O extenso corredor partia de Rio Grande (RS), no extremo sul do Brasil e terminava em Sorocaba (SP). Pelo caminho haviam alguns pontos estratégicos, para fins de documentação da tropas, pagamento de impostos e reabastecimento de suprimentos para a longa viagem dos tropeiros. Eram os principais a Guarda de Viamão (entre Santo Antônio da Patrulha e São Francisco de Paula), o Passo de Santa Vitória (na Divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e o Registro das Tropas (Entre Lapa e Tamanduá no Paraná). Esses três lugares importantes hoje pertencem aos Municípios de Viamão (RS), Lages (SC) e, possivelmente, Ponta Grossa (PR), visto que o Corredor transitava ao lado das famosas formações rochosas de Vila Velha.







quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS E ECONÔMICOS DA COXILHA RICA



POR DO SOL NA COXILHA RICA
 A região denominada Coxilha Rica fica na zona rural do município brasileiro de Lages, o maior em extensão do Estado de Santa Catarina. A Coxilha Rica possui cerca de 100 quilômetros de extensão na serra catarinense. É uma grande planície localizada a mais de mil metros acima do nível do mar. A vegetação predominante são as gramíneas e, onde ocorrem remanescentes de florestas, a araucária. O nome (Coxilha) dá-se ao fato de a região ser formada por uma planície ondulada a perder de vista.

As propriedades localizadas na Coxilha Rica são principalmente fazendas destinadas à criação de gado utilizando-se da pastagem natural. A principal atividade econômica desenvolvida na Coxilha Rica é portanto a pecuária. Há séculos cria-se gado na região, que concentra a maior variedade de raças bovinas de corte do Brasil.

Os principais rios que por lá correm são: Pelotas, Pelotinhas, Penteado, o Lageado Bonito e o rio Lava-Tudo. O solo da Coxilha Rica é pouco profundo, pedregoso, não muito fértil e coberto de gramíneas, que no inverno secam com a geada e com o forte vento minuano vindo do Sul. Uma das primeiras vias terrestres de ligação entre o Sul e o Sudeste do Brasil, o Caminho das Tropas, traçado no século XVIII, passava pela Coxilha Rica.

A Coxilha Rica é famosa por sua beleza e exatamente pelo fato de ser cruzada pelo já mencionado Caminho das Tropas, via por onde os tropeiros levavam gado do Rio Grande do Sul a São Paulo (Sorocaba) e sul de Minas Gerais.

Graças a sua beleza natural e às suas fazendas centenárias, a Coxilha Rica é uma região propícia ao turismo rural.

Fonte: Wikipédia

COXILHA RICA - RISCO DE DESAPROPRIAÇÃO PARA REFORMA AGRÁRIA


MAPA GEORREFERENCIADO DA COXILHA RICA




Como se vê nos dados estatísticos acima, a Coxilha Rica tem uma insignificante e minúscula ocupação de habitantes/km2 de terras, sendo a maioria delas de campo nativo, pequenos pinhais de araucária e mata nativa e, nos últimos anos, algumas áreas reflorestadas com pinus. A atividade predominante é a pecuária, com destaque para a bovinocultura campeira, com algumas experiências de melhoramentos de pastagens e confinamento.  A agricultura é só de subsistência dos próprios moradores nativos. Reflorestamento é a única exploração econômica em crescimento, com o plantio de pinus em extensas áreas de campos, mudando a paisagem.  Dá para ser comparada com verdejante planalto intocado e improdutivo.

Um dos grandes entraves para sua maior ocupação e desenvolvimento é a falta de estradas de boa qualidade, dificultando seu acesso para fins produtivos e do próprio conhecimento de seu potencial turístico. Servida no sentido Norte/Sul por uma ferrovia a mais de 50 anos, nunca houve o uso racional desse importante meio de transporte, seja para escoamento da produção pecuária, seja para o turismo rural.  Também já houve a tentativa de torná-la legalmente uma APA - Área de Preservação Ambiental, sem êxito, pois a legislação para esse tipo de área ecologicamente protegida inibe a exploração de vários empreendimentos de ordem econômica, e os proprietários de terra recusaram a proposta apresentada.

Assim, é grande o risco de vir a ser invadida pelo MST, a exemplo do que ocorreu em uma Fazenda de Correia Pinto de baixa produtividade. Alguns líderes do Movimento - com inegável e facilitado trânsito junto ao Governo Federal - já sinalizaram em uma reunião de assentamento em Ponte Alta, em 2010, que pretendem intensificar suas invasões na Serra Catarinense. Em linguagem popular, a Coxilha Rica é um prato cheio.  Basta um canetaço em algum gabinete do Incra ou da Presidência da República.     


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

DIVISÃO DA FAZENDA GUARDA MOR

CAMPOS, CAPÕES DE MATO E CORREDOR DAS TROPAS

Estado do Santa Catharina
COMARCA DE CURITYBANOS

De citação

O cidadão Joaquim Domingues de Oliveira,
30 supplente do juiz de direito da comarca de
Curitybanos, do estado de Santa Catharina,
servindo parcialmente por motivo de suspeições
do primeiro supplente em exercicio e do
segundo, etc.
Faz saber RO3 que o presente edital de citação
com o prazo de 90 dias virem que pelo
cidadão alferes José Maria Domingues de
Arruda foram dirigidas ao juizo as petições
• dos =teores seguintes : Ao distincto cidadão
juiz 'de direito da comarca de Curitybanos,
em exerCicio e-Diz o alferes José Maria Domingues
de Arruda, residente na comarca de
Lages, que, sendo senhor e dono legitimo de
diversas partes de campos e mattos na fazenda
do Guarda-M6r, situada na comarca de Curitybomas,
que obteve por compras feitas a
diversos condominos da mesma fazenda, como
prova com 03 documentos as. 1, 2 e 3,juntos,
e achando-se a dita fazenda ainda em
commum- com outros condorninos, par isso
requer a divisão da mencionada fazenda, do
conformidade com as disposiçies do decreto
n. 720"de 5 de setembro de 1890. Dando-se
ainda • o caso que sarnento uma parte da
fazen'1 ajá fosse demarcada judicialmente pelo
antecessor do supplicante, e este, querendo
hoje, para effestuar a divisão judicial, procederá
demarcado judicial do ir/amovei total,
de accardo com as divisas constantes dos
documentos ns. 1 e 2, por isso reluer a V.S.
tambem que se prose la previamente á demarcação
judicial do immevel, tudo de conformidade
com as disposições do decreto acima
mencionado. A fazenda ,tem 03 limites seguintes:
Principia do rio das Pedras, aonde
faz barra com um lageado denominado Jucasó,
e subindo por este lageado até onde tem um
banhado que 'serve de divisa com a fazenda
cia viuva e herdeiros 'do finado Jose Custodio
de Mello, e por este a um capão de GUiarmeus
donde nasce uma vertente que continua a
servir de divisa co:n a dita fazenda do finado
José Custodio de Mello, e descendo por essa
vertente a procurar o rio de Correntes, aonde
ame fazer barra, e subindo por Correntes até
onde faz barra o lageado que vem dos Fachinaes.
deixando este e subindo por um outro
lageado, que faz divisa com Libino José dos
Santos, denominado Lageado do Barreiro,
até onde tem um banhado do qual nasce o
dito lageado, e seguindo por este banhado a
procurar uma restinga o nesta, n logar de
matto mais alto, passa a procurar a divisa
da porteira da restinga, aonde foi colloca.fio o
primeiro marco da medição a que os vendedores
proce leram nos campos'e mattas que
houveram de Manoel Caetano de Oliveira, e
seguindo matto da porteira da restinga a
rumo mais ou menos -pelas cabeceiras do
arroio do Pátella, e descendo pelo dito arroio
até o rio das Pedras onde aquelle faz barra,
e descendo pelo rio das Pedras até encontrar
a barra do lageado Jucasó, onde principiou a
divisa. A communhão do irnmovel provém
da circumstancia que.'os vendedores, em
concordata • amigavel com os MUS credores,
deram a dita fazenda de campos e mattas
do Guarda-Mor em pagameato de dividas no
valor : total de 20:829$790: o supplicante
possue, conforme as escripturas juntas, na
dita fazenda e por aquelle valor, a quantia
ideal de 10:857$.- 03 confinantes do immovel
demarcando e dividindo, bem como os condóminos
socios, vão -separadamente arrolados
no final da presente petição, o o supplicante
requer que sejam todos intimados,
na fórma . do capitulo I°, titulo I do reforido
decreto n. 720, para, na farma alo
art. lê, § 1 0, na primeira audieucia depois da
expiração do edital de 90 dias comparecerem,
afim de louvarem-se em agrimensores, arbitradores
e testemunhas informantes, que
procedam 'á demarcação requerida e srbsequentemente
á divisão do immovel, bem CO3110
para reciprocamente abonarem as despezas a
fazer-se com ó pessoal judiciario e com o pessoal
necessa,rio para o trabalho tealinico da
causa, requer mais que .V. S. nomeie um
curador alide que representará aos interessados
ausentes que serão citados editalmente
e que V. S. mande que seja citado tambern O
curador geral , dos orphãos conjunctamente
com os tutores dos orphãos interes.sados na
presente causa. O valor da causa, é aquelle
dado pelos mesmos vendedores, que é de
20:829$709. Acontecendo que diversos confinantes
residem em Palmas, logar litigioso e
pretendido, não ~ente pelo estado de Santa
Catharina, como tambem pelo do Paraná e
ainda tambem pela Confederação Argentina,
por isso requer mais que sejam publicados
editaes com o prazo de 90 dias no Diario
Official da Capital Federal e na capital do estado
do Paraná e Rio Grande do Sul, tudo de
conformidade com o cap. 1 0, do tit. 1 do regulamento.
Nestes termos pede deferimento na
fórma requerida, de que E. R. Mercê. Lages,
19 de julho de 1893.—Josd Mcria Domingses
de Arrula. Condominos da fazenda: Antonio
Joaquim da Silva Junior, na comarca de Lages
; Manoel Pinto de Lemos, em Desterro
Porphirio dos Santos Cardoso, em Curitybanos
; Celestino dos Santos Cardoso, idem
Virgilio de Almeida Mello, idem a; Francisco
Ferreira de Castilho, idem ; Pedro José de
Proença, idem ; José Antonio Pinto, idem
Doaato de Mello Cesar, idem ; Cypriano José
Dias, idem ; Antonio IgMacio Pereira, idem
José Ignacio Pereira, idem ; -José Leandro de
Medeiros, idem ; Adelgissimo Medeiros da
Silva, idem ; Diogo Alves da Rocha, viuvo de
D. Victulina Alves dos Santos e seus filhos,
respectivos genros Manoel Alves de Moraes,
Gaspar Pereira de Souza, Emigdio Alves da
Rocha (pubere), Lucas AlVeS da Rocha ( pubere),
Virgilio Alves da Rocha (pubere). Senhorinha
Alves dos Santos (pubere) sendo
tutor dos mesmos orphão3 puberes, o pae
Diogo Alves da Rocha, e também dos impubere,
s de nomes Domingos Alves da Rocha,
Polycarpo Alves da Rocha, e Alfredo Alves da•
Rocha, - todos residentes em Curytibanos
Tristão Gonçalves de Araujo, na Vace.aria, no
estado do Rio Grande do Sal; Maria Bemvinda
de Oliveira, idem. Rol dos condominos
e confinantes: D. Bazilia Maria Benedicta,
viuva de Diogo Dias de Moraes, por si e como
tutora de seus filhos puberes que serão conjunctamente
citados Honorata Dias de Moraes
e Brazilina Dias-de Moraes,' e dos impuberes
João Dias de Moraes, Joaquim Diasla
Moraes é Francisco Dias de Moraes, e os
emancipados Generoso Dias de M )raes, Bento
Dias de Moraes, Porphirio dos Santos Cardoso
e Macario de Mello Andrade, todos 'em Curitybanos.
Confinantes: Henrique Pires de Almeida,
em Curitybanos ; D. Maria Rita dos
Santos, viuva de.Joãe Yrancisca de Sampaio,
em Nossohay, comarca de Pau Fundo, estado
do Rio Grande do Sul ; Valencia Pacheco dos
Santos, idem ; Gaspar Pacheco dos Santas,
na villa de Palmas, togar litigioso entre
Santa • Catharina, Param% a Confederação
Araentina ; D. Francisca Pacheco
dos Santos,casada com Domingas Ferreira
dos Santos, idem ; Oliverio Pacheco dos
Santos, idem ; João Pacheco dos Santos
Sampaio, residente 7:em Porto da União,--
D.E niffa, Paca3c) dos Santos, orn Palmas,—
Libine José dos Santos Filho fim lern,—Abrahão
Pacheco dos Sentem, ibidem,— D. Mathilde
Muniz Saldanha, viuva, filhos e genros
de Gaspar Pereira de Souza,— filho—Eufeasio
Pereira da S niza,—aearo—Haristb-
Caetano de Oliveira,—D. Carlota Pereira de
Souza e Joaquim Pereira de Souza, todas as
seis ultimas residentes no termo da causa.—
Lage119 de julho de 1893. Está o sello de
oitocentos réis em estampilhas)--Josd Maria
Domingues deA.rruda.—A qual teve o despacho
seguinte:—Antuada, como requer, nomeio
o cidadão João Gonçalves .de Araujo
para curador a lide por parte dos menores e
ausentes, o quol, servirá na forma da lei
depois de feita alludida promessa. —Curitybanos
18 de setembro do 1893—Rauen. Mustre
cidadão juiz de direito em exercicio.—Diz
o alferes José Maria Domingues de Arruda,
demarcante da fazenda, Guarda-Mór que,
tendo havido um engano no balançamento
dos nomes dos condominos e heréos confinantes,
tendo deixado de indicar o nome dg
condomino Alfredo de Almeida de Mello bem
como do confrontante Joaquim Custodio de
Mello, afim de - serem citados pessoalmente
pois que são residentes na comarca, vem fazel-
a agora, visto achar-se ainda em tempo,
requerendo a respectiva citação.—Outrosim,
rectifica o supplicante, o engano havido em
relação ao nome do finado marido da interessada
viava Mathildes Muniz da Saldanha, casada
que foi com mono Pereira de Souza e'não
Com Gaspar,como por engano se acha meneio=
nado na petição da acção respectiva.—Finala
mente requer o'supplicante que vós digneis
nomear curador aos interessados que por
ventura existam e dos quaes não tem scieneia
o mesmo supplicante, afim de serem
citadas conj unctamen te com seu curador:pelo -
mesmo edital que tem de ser publicado 'pelo
Diario Official do Rio de J useiro e em que devem
ser chamadas pelo prazo de noventa dias,
os interessados ausentes em logar incerto.
Nestes termos, e respeitosamente .pede-vos
deferimento e justiça, e E. R. M. (Está o
sello de duzentos réis em estampilhas.) José
Maria'Damingues'de Arruda.—A qual, teve
o despacho ssguinte : — Como requer, noa
meio para curador dos interessados desconhe
cidos, o mesmo cid idão já nomeado na :primeira
petição, por parte dos menores e ausentes.
—'Curitybanos, 18 do setembro de
1893,— Raueu. ' Iilustre cidadão juiz de diraito
da &ornarei de Caril ybanos.— Diz José
Maria Damingues de Ara uda, , que tendo requerido
em 19 de julho do anno proximo passado
de 1893, a demarcação e divisão da:fazenda.
denominada, Guarda-Mar, conforme
consta na petição que já se acha em juizo e
aontecendo que em consequencia da invasão
da esquadra, não puderam ser satisfeitas as
publicações do estyle e erigidas pela- lei, .por
isso vem do novo perante Vossa Senhoria
para ser despachadas as precatorias e editaes,
de que trata a petição acima referida, bem
como para serem effectudas tod is as citações(
necessarias, afim de que seja . encaminhado
o serviço judicial na fórma requerida.
Nestas terinos P. justiça. (Está b sello
de duzentos réis em estampilhas ) Lages
31 do Janeira de 1895. — José Maria.
Doiningues de Arruda ;—a qual teve os despachoT
seguintes : Sou suspeito para fanecionar
como juiz na causa °aludida, por ter,
irmãos meus, interessados como proprietarios
de partes, na fazenda dividendo, o que
affirmo sob a promessa do meu cargo.—Cnria
tybs.nos, 18 de fevereiro de 1895.— Mello.
Entendo ser suspeito para como juiz funccionar
na causa alludida, par ser filho do
heréb confinante Dionriq no Paes de Almeida,.
9 que affirmo.—Curitybanos, 4 de março da
1895. --Graciliano_Torquato de Almeida. Nos
autos, venham-me conclusos. Curitybanos,
de maio do 1895.— Araujo Lima. Conclusos
os autos, nelles foi proferido o despacho se-,
guinte : Procedam-se as diligencias requeri-a
das novamente no prazo da leis—Curitybanos,
9 do maio de 1895.—Araujo Lima. Em vir-,
tude destas petições e despachos,' se passou,
o presente edital, pelo qual cita, não só, todos
aquelles condominos e confinantes : mencionadas
na petição inicial, que residem nas comarcas
de outros estados, como tambem, aos
interessados que estiverem ausentes' em alo-,
gares não Sabidos, a, desconhecidos 'que porventura
existam no paiz e fóra deite, para.
virem á primeira, audiência deste juízo, depois
de findo o' tempo do edital de maior prazo.

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/1653680/dou-secao-1-30-07-1895-pg-14/pdfView