terça-feira, 10 de abril de 2012

TROPEIRISMO NA VISÃO DA JORNALISTA E PESQUISADORA ZÉLIA SELL


 
TROPEIRISMO, PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

(por Zélia Maria Nascimento Sell, jornalista e pesquisadora)

Há um movimento pelo tombamento do Tropeirismo como patrimônio da humanidade.
Nada mais justo.Como diz a música “Tropeiros”, de Nilo Bairros de Brum,musicada por Leo de Almeida, “o romantismo rendeu versos ao gaudério ,e a história decantou o bandeirante, mas foram eles, os birivas que fizeram a integração desses povoados tão distantes”!
   Nos campos paranaenses, na serra catarinense, no interior paulista, no território gaúcho, nas minas de Minas Gerais , ele estava lá, o tropeiro, levando mula xucra do Rio Grande a Sorocaba.
Com seu chapéu de abas largas ,bota de cano alto ,botava na água a madrinha com o madrinheiro e ia na balsa segurando o cargueiro com “as bruacas de paçoca bem socada”.
E o cargueiro de sonhos também trazia a “bruaca”(bolsa de couro) lotada...
Indo e vindo pelos caminhos, o tropeiro  foi o primeiro “panfleteiro” , e levava  e trazia também as notícias . Foi assim que Paula Gomes divulgou a idéia da emancipação política do Paraná. Cita o historiador Romário Martins que ele mandou imprimir na Tipografia Francesa, à Rua  São José número 4,na  capital do império,(Rio de Janeiro) os argumentos de seus ideais e saiu a distribuí-los de São Paulo  até  o  Rio Grande do Sul. Hoje é nome de uma rua na cidade de Curitiba, mas a maioria dos estudantes que por ela passam não sabem quem ele foi...
No Brasil a palavra “tropa” significa a reunião de um número de animais de monta ou transporte, eqüinos, muares e asininos, tocados pelos “Troperos”, termo espanhol que passou a ser “Tropeiros” em português. Mais tarde caracterizou também o movimento de tropas de bois, ovelhas, carneiros, porcos e perus, na idéia de rebanho em marcha para as feiras de comércio ou matadouros e invernadas. Arnoldo M. Bach, da cidade (de origem tropeira) de Palmeira, no Paraná, escreveu um vasto livro sobre os “Porcadeiros”, transportadores de “tropas” de porcos para as indústrias de banha Matarazzo. Várias pessoas se lembram dessas  movimentações de tropas e no programa de rádio “Nossa História” o Sr.Nivaldo Kruger recordou ter levado uma tropa quando ainda bem jovem pelos Campos de Guarapuava.
O Tropeirismo teve início no Brasil no início do século XVIII e se prolongou até o século XX, mais precisamente até a década de 60, quando o tropeiro foi aos poucos substituído pelo caminhoneiro . No início, o  ciclo do muar consolidou o ciclo do ouro e o aparecimento de uma nova camada social com as profissões de ferreiro, seleiro, funileiro, domador, latoeiro, trançador, bruaqueiro e outras mais.A transformação sócio-cultural foi intensa e os pequenos pontos de comércio e as pousadas fizeram surgir várias cidades, exatamente a um dia de cavalgada uma da outra,  como ocorreu nos Campos Gerais do Paraná .
Carlos Roberto Solera em sua obra “Histórias E Bruacas” comenta que talvez a estrada do Rio Grande a São Paulo tenha sido “a rota de maior importância na história do Brasil , pois sem ela não teria havido Ciclo do Ouro,  do Café, e nem a unidade nacional “. E foi o século do ouro no Brasil que proporcionou a vida e o desenvolvimento do comércio do Prata , com Buenos Aires, Entre- Rios, Corrientes, Uruguai e Paraguai. Sem o ouro  também não teria havido o Vice-Reinado do Prata.
Afonso Arinos , referindo-se à figura do tropeiro também disse que “quem salvou a obra épica ,mas efêmera, do bandeirante , foi o trabalho modesto e paciente do tropeiro.”
Sim, e  por que sempre estudamos os bandeirantes nos bancos escolares ? E quanto aos tropeiros?Ninguém fala da sua importância?
Falta bibliografia e muitas vezes  falta até conhecimento dos professores para transmitirem a história desta figura histórica a seus alunos.
Pandiá Calógeras afirmou em citação feita em torno dos anos 1920 que “nos tempos do apogeu da tropa, seu dono era personagem de destaque, mensageiro da civilização.
 Seu viajar permanente, seus contatos com diferentes meios, seu intercâmbio nos círculos sociais mutáveis  ,tudo contribuiu para o seu contínuo aperfeiçoamento .A honestidade e correção nos negócios davam-lhe créditos quase ilimitados.”
Mas como se deu o Tropeirismo no Brasil?
Primeiramente houve a condução e comercialização da tropa selvagem ou xucra ,que partindo do sul ,após penoso trajeto, alcançava a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba(fundada por Baltazar Fernandes em 1654), hoje a cidade paulista de Sorocaba.
(E ai de mim se não  der ouvidos ao colega Carlos Zatti fazendo a diferenciação de “mula xucra” para “mula arreada”!)
Foi ali, então, em Sorocaba,  que surgiu a famosa Feira de Animais, em torno de 1740. Era a movimentação de gado em pé  para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e até para províncias do Nordeste,  direto do centro criador para o centro consumidor.
Em um segundo momento desenvolveu-se o período da tropa arreada ,com grande comércio ambulante de todas as espécies de mercadorias ,fazendo um giro completo pelo território brasileiro e retornando até mesmo ao sul, seu ponto de partida. Eram as tropas de burros e mulas levando os cargueiros de mercadoria no lombo, muitas vezes associadas até com as tropas xucras.
Em uma possível terceira fase , Solera denomina os condutores de “Boiadeiros ou Camboeiros” em uma atividade de transporte de gado de corte.
Depois de citar o anúncio de descoberta de ouro por Gabriel de Lara em Paranaguá em 1646 e de Mateus Leme em Curitiba em 1661, o autor cita “o desejo do rei de Portugal de que grandes parcelas de nosso território fossem ocupadas com  plantação de cana de açúcar”. Proíbe, então, pela Carta Régia de 1701, a criação de gado numa faixa de 10 léguas (60 KM.)do  nosso litoral.
Mas no Maranhão, Ceará, Pernambuco e Bahia,ao longo do velho Rio São Francisco, surgem currais para produção de carne verde ou seca, já charqueada, embora em pequena quantidade. E durante mais de cem anos os creatórios se multiplicam,com métodos simples,  apenas protegendo o gado das onças  dos e morcegos, amansando as reses,  abrindo cacimbas e bebedouros.
A diferença do tropeiro com o vaqueiro nordestino é que ele não era assalariado, recebendo uma cria a cada quatro que nasciam, com acerto de contas a cada cinco anos.
O couro, de tão importante, foi citado por Capistrano de Abreu ,que ia “da porta da cabana ao leito.” De couro eram ainda  todas as cordas, os vasilhames para água,  o   mocó ou alforge para levar comida, a mala de guardar roupa, a mochila para milhar o cavalo, a peia para prendê-lo, a bainha da faca, a bruaca,  os surrões,além da roupa para entrar no mato – por causa dos espinhos da caatinga.
A zona de criação de gado deu origem a uma parcela da cultura sertaneja, incluindo na alimentação a carne seca, o feijão, a farinha e a rapadura. E a expansão da pecuária no sertão teria provocado um violento levante indígena chamado “Guerra dos Bárbaros” ou “Confederação dos Cariris”,que culminou com o extermínio deles no século XIX.
Houve ainda aqueles que, adentrando os Campos Gerais, instalaram no atual território paranaense suas “fábricas de gado”,como citaria em um relatório de 1721 o Ouvidor Pardinho.
Outros, em um plano estratégico, rumariam ao litoral em direção ao sul, fundando a Colônia do Sacramento e a Vila de Laguna.Vagando nos campos meridionais encontraram o gado “alçado”,  “Cimarron”(ou “Chimarrão”),  platino ou “dos jesuítas”. Simples assim, era  necessário apenas”laçá-lo para  transformá-lo  depois em couro, sebo, guampa e charque.
Pelas areias das  praias  e nos caminhos do interior ,ao grito de “_Ouro!”, juntaram-se castelhanos,portugueses, brasileiros e mestiços,mais índios e menos negros, e uma nova história começou a florescer.
Como diz Solera em:
 “Vida Tropeira”
“Os jovens de hoje não sabem
O que foi o Tropeirismo
Luta, ardor, muita coragem
Página de grande heroísmo
Na figura dos tropeiros
Com as tropas em sertão hostil
Foram eles os costureiros
Deste nosso grande Brasil...
E em “Uma História de Caminhos” J.E.Erichsen Pereira cita que “Só uma vez o homem conquistador do Brasil mudou  de rumo, mas não de sentido, em seu bandeirismo : foi quando se despejou para o sul , na conquista das Missões Jesuíticas do Guairá e do  Uruguai, em busca da presa fácil do guarani  reduzido. Nessa fase o Paraná, depois de ser conquista, , se tornou trampolim e posto avançado para a expansão do Brasil sulino. Surgiram aqui os “Pousos” assinalando  os pontos de apoio nos Campos  Gerais para as  nossas pretensões na Bacia do Prata. Ficamos assim como novos Açores e Ilhas do Cabo Verde ,oásis nos desérticos Campos de Curitiba , servindo de linha avançada para a ocupação definitiva do então s “longínquo continente do Rio Grande do Sul”.
E a “História do Município de Santa Maria” (R.G.S.,  de J.Belém)   , nos mostra que desde o começo apareceu  lá a gente de Curitiba  , alargando as conquistas do Brasil. Desde os primórdios da capela do Acampamento de Santa Maria ,vemos lá entre os “Moradores Aplicados”:
Manoel Teixeira, José Antonio Moreira, Agapito da Silva e Souza,Gonçalo da Costa, Francisco Teixeira de Freitas, Manuel Gonçalves de Almeida,Francisco Paes, naturais de Curitiba” ,  e mais ainda: Antonio de Almeida Toledo, Joaquim José de Jesus, Francisco de Almeida, Antonio Rodrigues, Daniel Antonio da Silva,naturais de Castro”, e “Salvador Martins Morato”, natural do Paraná.
   Manoel dos Santos Pedroso, fronteiro lendário que à frente de um punhado de bravos ajudou a conquistar o Território das Missões para incorporá-lo definitivamente à Coroa Portuguesa, era filho de curitibanos,e “povoou de gado e de filhos naturais os campos de Sarandi”.E ainda  foi ele que, juntamente com Borges do Canto e Ribeiro de Almeida varreram os castelhanos que teimavam em não entregar a região do Povo de São Miguel das Missões.
Dos registros de nascimentos e casamentos da Freguesia de Santa Maria são constantes as declarações de “naturidades”(nascimentos),de  pais e nubentes dos Campos de Curitiba, de São José e de Castro.
São filhos de Hipólito Alves Teixeira, de Castro,de Manuel Pereira de Lima, de Curitiba, de Bento Manoel Ribeiro, o “grande caudilho”, casado com Maria, filha de Antonio Manso, de Curitiba, Hipólito Francisco de Paula, da Vila Nova do Príncipe(Lapa, Paraná),de Inácio Pinto de Andrade, de Castro ,e de tantos outros casados com mulheres dos Campos Gerais.
Estiveram, assim , os “paulistas dos Campos Gerais de Curitiba”  com os lagunenses e os açoritas ,entre os primeiros e efetivos ocupadores da campanha missioneira.
Grande parte dos troncos familiares do Rio Grande são, segundo Erichsen , “ esgalhos transplantados dos Campos de Curitiba , que iam desde o Rio Verde, em São Paulo, até as proximidades de Lajes, em Santa Catarina,como um caminho aberto para o longínquo continente de São Pedro do Rio Grande do Sul”.
   E ainda relata Oliveira Vianna em “Populações meridionais do Brasil”:
“Nos fins do século XVIII  e início do século XIX , tamanha era a ânsia de imigração para o sul que as autoridades de Curitiba,Castro, Ponta Grossa e Lapa estavam alarmadas diante da deserção em massa de homens válidos”.
Quase toda a população do planalto Iguaçu se abalou em massa  para a planície riograndense
“em razão da mania que tem de se mudarem para a província do Rio Grande”, dizia Chagas Lima em “Descobrimento de Guarapuava”.
Ali, aos poucos, o preador de índios se transformou em preador de gado, para depois  se fixar- como estancieiro ,fazendo de cada sede de fazenda  um baluarte do Brasil.
E diante do inimigo tradicional o ocupador dos Povos das Missões forçosamente tinha que, ao deixar de ser nômade preador de  índios ou de gado alçado,se manter sempre de atalaia, em guarda, resguardando um espírito de hierarquia militar.
Manoel dos Santos Pedroso, filho de açoriano e curitibana entrados no Rio Grande pela porta de Laguna foi um representante típico de seu tempo: era um dos “Barões”feudatário d’El Rei e senhor de tudo que o rodeava: campos, gado, índias e mestiças. Seus filhos naturais marcaram a posse e a expansão da nacionalidade nas fronteiras do sul.Mas cada fronteiro sabia que de nada servia a valentia pessoal isolada. Assim, a bravura coletiva se tornou um traço da fronteira platina. As palavras de ordem eram atacar,tomar contato, carregar e vencer, provocando a debandada do adversário, ou então ,retirar-se, evitando a derrota.
No pampa nunca houve lugar para guerrilhas. A guerrilha é um tocaia organizada, e o entrevero é uma batalha campal em miniatura.
É célebre na história das guerras cisplatinas a batalha do Passo do Rosário, ou Itussaingo, citada por Rio Branco em “Efemérides Brasileiras”: “...primeiro foi a carga, o entrevero, a tomada de contato,que resultou na morte do Barão do Serro Largo – o Moringe - , e depois, diante da superioridade numérica, o Marquês de Barbacena fez soar o toque de retirada”.
E continua: “Éramos 5600 contra 9800 argentinos e orientais. Não perdemos porque não fomos derrotados. Retiramo-nos!”.
E foi graças ao caudilho ,descendente do tropeiro, que o Continente de São Pedro do Rio Grande do Sul permaneceu brasileiro e não foi mais uma ilha na Polinésia republicana da América Ibérica.E foi, por muito tempo, uma península.
Os caminhos dos Campos Gerais ,de Curitiba, de Lajes e Vacaria ficaram, por sua vez, servindo de istmo entre aquela região que podia se tornar um continente á parte e as outras ilhas maiores da cultura continental luso-brasileira.
O arquipélago dos Campos Gerais ganhou continuidade e se tornou terra firme.
Concluido o ciclo da preação de gado, o paranaense de Curitiba, da Vila Nova do Príncipe,de Castro, de Ponta Grossa, de Palmeira,de Jaguariaiva, e até mesmo de Paranaguá, assumiu o papel preponderante de cimentador de elementos de ligação entre tendências culturais. 


E foi completada, então, nos primeiros decênios do século XVIII, pelos paranaenses, a ocupação dos Campos do Terceiro Planalto(Campos de Guarapuava, da Serra do Bituruna ,Palmas e Erê, no divisor das águas dos rios Iguaçu e Uruguai), quando foi dada ao Brasil a posse de 18 mil quilômetros quadrados, pretendidos até o fim daquele século pela República Argentina.
Aos Campos Gerais e à quinta comarca de São Paulo, na época, coube o papel de fiel da balança que , se desregulada , viria a quebra a unidade nacional na região meridional.
E foram os tropeiros dos Campos Gerais que continuaram a aproximar o longínquo continente de São Pedro do Rio Grande do Sul do centro do país , evitando que aquela gente, isolada, se aproximasse com o Prata, acastelhanando-se.
Mas a influência castelhana ficou em nosso vocabulário: O “arroio” é o nosso córrego vestido á castelhana, termo incorporado ao nosso vocabulário por influência tropeira, da mesma forma que “rincão” (do castelhano “Rincón”),”sanga”, do castelhano “zanga”,”canhada” (depressão),coxilha (ondulação)do castelhano “cuxilha”,estância e “querência”.
Uma “Estância da Cruz ”foi registrada em Palmas, á margem do Rio Chopim em 1855, por Laurindo Pinto Bandeira, e era termo comum na época.
Expressões como “Quem não Trabuca Não Manduca” (“Quem Não Trabalha Não Come”)também foram  legadas pelos tropeiros.A expressão foi colhida em Doce Fino, á margem dos Caminhos da Mata que saíam de Rio Negro e iam dar em São Francisco do Sul.
Quando as minas do Brasil Central entraram em decadência, os tropeiros se dirigiram para o sul em busca das mulas de Tucuman e Corrientes  e ganhou vida a Feira de Sorocaba.
O Rio Grande do Sul assumiu o papel nacional de grande invernador das mulas necessárias ás fazendas de café, às  minas e aos cargueiros que cruzavam os difíceis caminhos do Brasil Central.
Quando o Rio Grande do Sul  passou a ser uma preocupação constante do Brasil Português ,a região curitibana não era e nem imaginava vir a ser o Paraná.Eram todos “paulistas”.
Paranaguá (vila em 1648) e Curitiba (vila em 1693)poderiam representar meios de influência quando Domingos Peixoto de Brito foi se estabelecer às bordas da Laguna (1654 a 1656)e tentar levar a jurisdição de Paranaguá até o Rio da Prata ou, antes, até o Rio Grande do Sul, ainda não povoado.
Cronologicamente parece impossível a presença do Paraná naquela época, mas é que os Curitibanos  estavam confundidos com os paulistas das primeiras levas , e o Paraná se formava ao mesmo tempo em que influía e auxiliava na formação do Rio Grande do Sul.


CÓDIGO DO TROPEIRO :
_Não deixar porteira aberta
_Respeitar a propriedade alheia
_Saudar a todos que encontrar no caminho
_Nunca chegar à casa de alguém pelo lado da cozinha
_Respeitar as mulheres
_Ser leal aos companheiros
_Ser correto nos negócios
_Honrar a palavra dada.
 
Fonte: http://www.zeliasell.com/

domingo, 8 de abril de 2012

FAMÍLIA ARRUDA NO RGS – GENEALOGIA, BRASÕES, BIBLIOTECA E LITERATURA








Na página do Instituto Genealógico do Rio Grande do Sul (http://www.ingers.org.br/) são disponibilizadas algumas fontes de pesquisa pagas e gratuitas. 



O tronco pioneiro das Famílias Arruda e Domingues, que se estabeleceu na Coxilha Rica, na Serra Catarinense, é oriundo do Estado vizinho. Já o tronco Arruda de São Joaquim e Urupema é paulista e posterior. 180 anos depois da chegada dos pioneiros ainda é escassa a quantidade de informações disponíveis para se estabelecer o elo tropeiro entre os familiares paulistas e rio grandenses, já que é pouca a Literatura pampeira e específica sobre ambas as Famílias.

O IHGRGS - Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul  (http://www.ihgrgs.org.br/) segue na mesma linha no critério de fornecer informações via Rede, mas seus pesquisadores histórico genealógicos tem uma abordagem mais técnica, a exemplo do similar instituto catarinense (http://www.ihgsc.org.br/), onde as pessoas tem contribuído muito mais com matérias para este blog. 

sábado, 7 de abril de 2012

FAMÍLIAS ARRUDA DE URUPEMA E SÃO JOAQUIM

Urupema se emancipou de São Joaquim em 1934. Até então Urupema era chamado de Distrito de Sant´Ana, cuja fazenda homônima  foi fundada por três integrantes da Família Pereira de Medeiros, oriunda do Aririú após 1711. 


São Joaquim recebeu esse nome em 1871 em homenagem a 4 Joaquins: Manoel Joaquim Pinto de Arruda, Joaquim Cavalheiro do Amaral, Joaquim José de Souza e Joaquim das Palmas.


Essas e outras narrativas podem ser encontradas na obra Memórias de Um Século, de autoria de Antônio Rodrigues Lisboa (conhecido por Pai Toninho, nascido em 13.06.1896 na Fazenda Água Branca em São Joaquim), organizado por Moacir Lisboa da Costa, editada em 1991.  A partir de 06.03.1938 "Pai Toninho" passou a residir em Lages, após haver morado no Cedro (Urupema) desde  1917.


O interessante, em termos de Família Arruda, é ver que muitos descendentes dela foram agentes efetidos dos principais atos e fatos histórico-culturais dos dois Municípios.


Recomendo. Cópias do livro podem ser obtidas nas Bibliotecas de Lages.