Origem Localização


Vista  de Arruda dos Vinhos - Portugal

Foi nessa pequena cidade na Fronteira Portugal-Espanha que teve origem a numerosa Família Arruda, agora dispersa pelo Mundo. No Brasil há duas grandes concentrações de nossos familiares, todos eles originários no mesmo tronco genealógico:  Nordeste e Serra Catarinense.

Este blog não pretende enfocar detalhes genealógicos. Pretende apenas mostrar as fotos e  os retratos de parede mais antigos que descendentes e colaboradores possam enviar para publicação neste espaço. O ideal é que, além  da imagem, o remetente envie alguma informação adicional sobre a pessoa, como por exemplo, data ou época do seu nascimento, nome do/a esposo/a , seus ascendentes (pais, avós,...) e, se assim o desejar, a quantidade de filhos e os nomes deles.

Aqui na Serra Catarinense a Família Arruda é uma das mais tradicionais e numerosas. Pretende-se ilustrar no blog um horizonte temporal de 200 anos, ou seja, pouco tempo antes da época que delimita o êxodo do patriarca José Domingues de Arruda com toda sua família, gado e pertences de Sapucaia RS para a Coxilha Rica, em Lages SC, por conta das primeiras discórdias riograndenses entre imperiais e republicanos, que haveria mais tarde de deflagar a Revolução Farroupilha.

Com a criação e venda de gado bovino e charque, os Arrudas tornaram-se uma das mais ricas famílias de Lages. Um dos nossos antepassados, José Maria Domingues de Arruda, conhecido por Coronel dos Coronéis, foi um dos maiores patrocinadores da construção da Catedral Diocesana de Lages, só para citar um exemplo. Em toda a Coxilha Rica foram construídas inúmeras fazendas para os descendentes dos pioneiros, terras que mais tarde foram vendidas para o italiano Tito Bianchini e alguns Coronéis da Família Ramos que passaram a residir na Coxilha. Uma das fazendas que abrigaram, no meu caso específico, várias gerações de antepassados foi a Fazenda Cajurú, uma das mais próximas de Lages. Lá nasceram minha avó materna, Bernardina Borges de Arruda, meus bisavôs, tataravôs, etc., até chegar no patriarca José Domingues de Arruda, nascido a seis gerações ascendentes antes de mim em Sapucaia RS.

Sobre alguma ramificação remanescente no Rio Grande do Sul não tenho informação alguma, pois José Domingues, em companhia de dois outros fazendeiros, um Ribeiro e um Camargo, teriam colocado todo seu imenso rebanho no Corredor das Tropas, cruzado o Passo de Santa Vitória e se instalado nos verdes campos da inigualável Coxilha Rica, comprando imensas áreas de terra com negócios de gado. José Domingues foi uma espécie de Abraão, proporcionalmente, em termos de riqueza, prosperidade e incontável descendência na Serra Catarinense. Paro por aqui. Maiores detalhes serão contados em livro de uma historiadora e genealogista da própria família no momento oportuno. Eu sou apenas um curioso blogueiro e escritor integrante dessa robusta árvore genealógica, a Família Arruda dos verdes campos de Santa Catarina.

Convém aqui citar que, pela amizade, vizinhança e afinidades econômico-financeiras, houveram muitos casamentos com pessoas das Famílias Vieira, Borges e Ramos nas gerações mais recentes, durante a segunda metade do Seculo XIX e todo o Seculo XX. Com uma prole numerosa, era um hábito na Família Arruda homenagear os irmãos entre si, dando o mesmo nome aos seus filhos. Assim, só para ilustrar, houveram sucessivamente 4 pessoas com o nome de Henriqueta. A primeira, Henriqueta Maria Vieira era nora do patriarca José Domingues de Arruda e filha do Coronel Leandro Luiz Vieira, nome destacado na História da Coxilha Rica como comandante de importante piquete revolucionário farroupilha.

Por fim, fica o registro de diversas batalhas farroupilhas, ora como republicanos, ora como imperiais, pois Lages, apesar de ter sido a Primeira República Catarinense, tendo recebido Giuseppe e Anita Garibaldi com honras e festas, logo sucumbiu aos ataques federais e novamente o Casal Garibaldi, quase ao final da Guerra, retornam à cidade com destino à Curitibanos, onde travariam a última inglória e definitiva batalha no Capão da Mortandade,  no Marimbas. Aqui não tiveram o mesmo apoio da primeira vez e viajaram como fugitivos de volta ao Rio Grande do Sul, ele ferido, primeiro e ela grávida, depois de fugir dos imperiais. Por isso, a meu ver, ao casarem no Uruguai ela preferiu declarar sua naturalidade como Laguna por ter vergonha de ser lageana, algo que nossos nobres historiadores preferem não pesquisar a fundo ao tentar provar sua real data e local e nascimento.

Colaborem com o blog!