terça-feira, 16 de agosto de 2011

REDESCOBRINDO A SERRA CATARINENSE


 

Só na tarde de hoje, 16.08.2011, recebi telefonemas de três bancos lageanos diferentes, oferecendo produtos e serviços inimagináveis a bem pouco tempo atrás. Logo eu, um ex-bancário rebelde, calejado, revoltado, doente das idéias, ora engravatado, ora embermudado, depois de penar por longos 26 anos na atividade. E mais uns 10 como cliente antes e depois da carreira em duas instituições peso-pesadas, o Banespa e o Banco do Brasil. Até lembrei-me daquele cidadão que grudou uma cédula de R$ 100,00 no parabrisa traseiro de seu carro para que o dinheiro corresse atrás dele.
 
Fiquei até com medo de ser sequestrado, como pode acontecer com algum ganhador de Megasena, diante de tamanho assédio das instituições financeiras. Ora bolas, apenas relatei um fato de domínio público: Arruda era, é e continuará sendo assinatura de rico nestes rinções barrigaverdes. Com muitas, muitíssimas e ressalvadas excessões, é claro.
 
Como o blog ainda é novo, recente, ainda não deu tempo de contar nem um pouco das aventuras de meus ancestrais, causos que dariam para editar uma enciclopédia. Nem deu tempo, por exemplo, de falar das maiores paixões e predileções dos mais antigos por apostas em cascos de cavalos e fechamento por semanas daquelas bem frequentadas casas noturnas do Triângulo, nos gloriosos tempos dos Coronéis da Coxilha e do Ciclo da Madeira. Dinheiro que não foi perdido nas carreiradas das raias do Conta Dinheiro e do Jockey Club foi pendurado nas peças íntimas das garotas da Consuelo, do Mário, e de tantas outras cafetinas e cafetões da Zona Velha. 
 
Concentrando meu foco no humor e na fantasia, prefiro deixar que outras celebridades literárias da Família, como os escritores Paulo Derengoski e Raul Arruda Filho e a genealogista Tânia Arruda Kotchergenko se encarreguem de contar nossa História com um palavrório mais sério e rebuscado, resultante de aprofundadas pesquisas científicas e rigor histórico. Prefiro me concentrar no lado folclorico, incontável, comprometedor e, por si só, mais divertido. Assim como foi divertido ouvir as propostas dos bancos após o Feriado da Padroeira. Estou rindo sozinho até agora, nesta metade de madrugada acometido de insônia só de pensar em tanta tolice.
 
Nossa Senhora dos Prazeres que me perdoe por não ser católico e por achar que ela não tem ajudado muito os lageanos nas últimas décadas. Sem titubear, dá para afirmar com clareza que o único ramo que realmente prosperou nesta terra foi o ramo dos Prazeres, pois Lages só ficou conhecida e famosa mundialmente, não pelo apelido de Princesa da Serra e depois de Capital Nacional do Turismo Rural, mas sim pelo secular Turismo Sexual, quando era (e talvez ainda seja)  a Maior Zona de Meretrício do Sul do Brasil.
 
Aquele enorme cadastro de prostitutas do Centro de Saúde, agora com mais de 9.000 nomes não me deixa mentir. Quem quiser que vá lá conferir. Só não se assuste se encontrar alguma parente ou amiga bem próxima com uma numeração bem antiga.

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