quinta-feira, 8 de setembro de 2011

COXILHA RICA - RISCO DE DESAPROPRIAÇÃO PARA REFORMA AGRÁRIA


MAPA GEORREFERENCIADO DA COXILHA RICA




Como se vê nos dados estatísticos acima, a Coxilha Rica tem uma insignificante e minúscula ocupação de habitantes/km2 de terras, sendo a maioria delas de campo nativo, pequenos pinhais de araucária e mata nativa e, nos últimos anos, algumas áreas reflorestadas com pinus. A atividade predominante é a pecuária, com destaque para a bovinocultura campeira, com algumas experiências de melhoramentos de pastagens e confinamento.  A agricultura é só de subsistência dos próprios moradores nativos. Reflorestamento é a única exploração econômica em crescimento, com o plantio de pinus em extensas áreas de campos, mudando a paisagem.  Dá para ser comparada com verdejante planalto intocado e improdutivo.

Um dos grandes entraves para sua maior ocupação e desenvolvimento é a falta de estradas de boa qualidade, dificultando seu acesso para fins produtivos e do próprio conhecimento de seu potencial turístico. Servida no sentido Norte/Sul por uma ferrovia a mais de 50 anos, nunca houve o uso racional desse importante meio de transporte, seja para escoamento da produção pecuária, seja para o turismo rural.  Também já houve a tentativa de torná-la legalmente uma APA - Área de Preservação Ambiental, sem êxito, pois a legislação para esse tipo de área ecologicamente protegida inibe a exploração de vários empreendimentos de ordem econômica, e os proprietários de terra recusaram a proposta apresentada.

Assim, é grande o risco de vir a ser invadida pelo MST, a exemplo do que ocorreu em uma Fazenda de Correia Pinto de baixa produtividade. Alguns líderes do Movimento - com inegável e facilitado trânsito junto ao Governo Federal - já sinalizaram em uma reunião de assentamento em Ponte Alta, em 2010, que pretendem intensificar suas invasões na Serra Catarinense. Em linguagem popular, a Coxilha Rica é um prato cheio.  Basta um canetaço em algum gabinete do Incra ou da Presidência da República.     


Nenhum comentário:

Postar um comentário